Um coração magoado

  

 


Dentro de um coração magoado há uma tristeza pelo desapontamento, pela descrença, pelo ódio, pela vingança...

Um coração magoado fala frases inconsequentes, frases de angústia, frases de fuga.

Um coração magoado pode tramar por vingança fazendo um pacto para resolver a pendência que a raiva lhe causou.

Mas um coração magoado fica enfermo, ao clamar para que o opositor também sofra o mesmo impasse de desamor a ele imposto.

A mágoa queima o nosso ser imortal.

Dilacera a sensibilidade trazendo enfermidades para o presente.

A mágoa é a antítese do amor livre porque ela não resgata, aprisiona.

O ser magoado precisa compreender o ataque para enfim certificar-se de que não precisa reter esse sentimento tão prejudicial a sua saúde.

Quem agride com palavras ou sentimentos que não comportam, não está no circulo do amor, continua cabisbaixo espiritualmente.

A lei da vida é o amor. Não chegamos a ele insultando ou desafiando o nosso próximo.

Quem assim se comporta são almas frustradas e enfermas que ainda se revelam portadoras de diversos tipos de queixumes.

Se fordes fazer uma analogia mais profunda dessas almas ainda desejosas de agredir, sentirão o que se esconde por trás do seu ser.

Portanto, são dignas da nossa compaixão.

Que Jesus o bom pastor se apiede de suas falhas.

Guardemos o ensejo de driblar as ofensas a nós atiradas promovendo o perdão sem restrição.

Em seguida aproveitemos para respirar e refletir: Cada ser humano não vai além das suas limitações. Cede o que tem com o espargir da verdade da sua alma.

Que a alegria de poder compreender as ofensas seja internalizada no coração a cada instante de vossas vidas.

Entendendo que agora podemos nos sentir livres das amarras que nos prendia as mágoas.

Que nos tornemos reticentes em amor e benevolência, sentindo no âmago do nosso ser pensamentos de luz e de libertação!

O amor nos convida ao festim sagrado da vida.

Com ele venceremos as batalhas que nos prendem aos resquícios das mágoas escuras da vida e das pessoas que não se utilizaram de compaixão para conosco.

Os jardineiros de Maria de Nazaré

Canal: Francyska Almeida-set/2008