Nunca desistir

       Nunca desistir

                    Sempre pensei que desistir era para os fracos que não possuiam  forças para persistirem no seu ou nos seus sonhos.

Todos que me conheceram sabem que nunca fui pessimista, mesmo ouvindo várias frases desanimadoras ainda assim eu continuava acreditando.

É certo de que as dificuldades sempre surgem em nossas vidas e elas são contundentes, mas se desejamos fortemente e acreditamos em algo, vale à pena investir na organização criativa para se realizar.

Respeitando cada criatura que habita esse planeta sabemos que os sonhos variam de pessoa para a pessoa,

Mas a concretização será daqueles que acreditam no seu potencial de direção e condução de um  negócio, seja que de qualquer seguimento.

Lembro-me de que certa feita  conheci uma moça singela e muito humilde.

Todos que a cercavam achavam-na humilde demais para te sonhos ousados de vida.

Amélia era assim sutil, observadora estava discretamente atenta ao  serviço de todos.

 Se fosse chamada a substituir alguém que faltava em seu setor de trabalho com a maior boa vontade lá estava ela a perguntar: Como devo fazer?

Ao que lhe era explicado e de repente ela captava e fazia muito bem.

Os companheiros achavam-na frágil demais, porém a sua iniciativa falava um tanto quanto alto.

E sempre nessa peleja, a não acreditar que ela jamais sairia daquele posto de recepcionista.

Amélia muito educada fazia de contas que nada percebia e continuava de olho vivo ao que acontecia naquela empresa de pequeno porte, mas muito organizada.

Solícita acolhia as ordens e buscava fazer as tarefas mais simples com amor e perfeição.

Anos no mesmo setor, mas agora Amélia já estava madura e ninguém dali desconfiava.

Tinha o seu foco como futura empresária nos anos 90.

E num belo dia a jovem solteira e como dizem muitos funcionários: pediu as contas, ou melhor, demissão.

Foi um diz que me disse.

Como?  Pensavam todos: uma moça com pouco estudo, frágil, ganhando pouco o que mais iria fazer além de ser uma simples recepcionista?

Amélia suavemente disse que iria cuidar agora da sua vida, dos seus projetos.

E os amigos: Ué, mas que projetos menina, porque você  não desiste desses tais projetos? Fica aí no teu velho posto.

Amélia sorria e não contestava. Terminou demitindo-se mesmo.

Foi um rebuliço de fofocas.

Aconteceu algo que ninguém esperava.

Logo ela uma pessoa tão sem vida, frágil, sem estudo!...

Outros diziam: Coitada, vai morrer de fome.

Todos esses apelos a nossa Amélia não exatamente ouvia,  mas percebia pelo olhar de alguns.

Amélia otimista despediu-se: Até um dia muito obrigado. Aprendi muito com vocês.

E a pergunta ficou no ar?

Para onde teria ido a nossa amiga Amélia?

Pois bem, soubemos depois que do seu mirrado salário, todos os meses Amélia depositava uma pequena importância na velha caderneta de poupança.

Naquele tempo os juros eram consideráveis e assim ela juntou uma boa quantidade de trocados, ao que somou com o valor da rescisão e foi lá realizar o que tinha em mente.

Ajeitou o ponto que era um pequeno quartinho ao lado da casa de sua mãe e montou  uma vendinha de doces, biscoitos, pirulitos, bombons etc.

E passo a passo foi  aumentado a quantidade de produtos e os clientes eram amorosamente atendidos com a experiência daquela simples recepcionista que agora estava muito feliz a recepcionar o seu próprio negócio.

Nunca deixou de dar uma ajudazinha a sua mãe, ao que nunca se arrependera por isso.

Amélia tinha agora outros planos: montar um mini supermercado com frutas, gêneros alimentícios, produtos de limpeza etc.

Só  usava os seus lucros para comprar o necessário.

E novamente tinha uma soma junta que agora inicialmente daria para pagar o aluguel de um espaço maior.

Ao que determinada fez.

Novamente o negócio cresceu e então já tinha ao seu lado pessoas experientes lhe ajudando. Desta vez montou um supermercado de verdade. E sempre humilde, bem relacionada e antenada como empresária do século passado  casou-se e o seu companheiro também envolveu-se no trabalho que a essa altura era patrimônio dos dois.

Assim meus amados amigos, apostamos apenas no que vemos olhando superficialmente a casca.

 Julgamos alguém pelo seu porte,  pela sua simplicidade e desconhecemos o que há por trás de um corpo franzinho, criativo e perseverante naquilo que escolheu para si.

O mal da humanidade é não crer em si e no seu potencial para desenvolver-se como criatura humana.

Todos tem  criatividade, mas muitas vezes usam-na inversamente.

Ninguém está fora do contexto de suas habilidades.

Por isso,  podemos considerar uma empresa uma grande escola porque conviver com as diferenças e saber conviver já é o primeiro e grande aprendizado da vida.

Desenvolver-se como profissional é o grande “barato” de quem almeja escalar a barreiras para o seu sucesso.

O sucesso com simplicidade e humildade é algo encantador.

Comecemos a agir com essa virtude.

Se és  um condutor de subordinados, não se exiba em gritos ou  em jogo de poder.

Exiba humanismo aos seus comandados.

Ensine-lhes como é ser simples, mesmo com toda grana que você  tem.

Se és corajoso então doma a tua fera interna.

Se és objetivo,  luta juntos com quem está próximo de ti e divide o sucesso com eles.

Ninguém dentro de um empreendimento vence só.

Deva gratidão até aquele que faz os serviços gerais, sem ele a poeira e a sujeira enfeiaria a sua empresa e seria um péssimo cartão de visitas para a sua imagem de empreendedor.

Enalteça-os sem afetação.

Deva gratidão a todos os seus colaboradores, especialmente aqueles em quem deposita maior confiança.

Dessa forma não permita que nenhum deles seja desrespeitado, pois quem busca emprego deseja contribuir com o desenvolvimento do seu país diretamente ou indiretamente, se auto sustenta e se desenvolver também.

Portanto, todos estão consigo com o mesmo objetivo.

Aprender e de repente dar o seu salto para o sucesso.

Elogie um trabalho bem feito.

Explore o potencial de cada um para que se sintam úteis e produtivos.

Mas não dê asas a desarmonia que tanto vemos por aí causando até um desajuste no capital financeiro da empresa.

Ponha Deus no seu coração se ainda não o tem, e faça com que esse Deus atue em todos os demais corações.

Há empresas que só começa o dia de labuta com uma prece coletiva com os seus colaboradores. Ato que fazem  pedindo as bênçãos dos céus.

Fica a sugestão, com certeza com essa prática o dia será mais alegre e rendoso para todos.

Reflita sobre o seu posto de patrão-lider-moderno   de hoje ou o de patrão retrogrado do passado.

Mude certas posturas, pois elas  não cabem mais dentro de uma empresa que se preza e que deseja  continuar bem vista no seu ramo de atividade.

Informatize-se interiormente e os demais colaboradores acompanharão o reflexo de suas atitudes  mais ponderadas e mais viáveis a empresa do século 21.

Até lá com as suas reflexões.

Obrigado por ouvir um ex-empresário e jornalista consciente do mundo que não conheceis. Roberto Marinho